quinta-feira, 18 de março de 2010


Na falta de material melhor eu espremo meu pensamentos neste pedaço usado de papel, a minha mais amena loucura, tirada da mais terrível inspiração. A impetuosa sociedade.

Nos acolhe, mas não faz isso gratuitamente, dia e mais dias ela masturba nossa dignidade no fazendo sujeitar a mais fétida secreção corrupta.

A falta de ar se instala e não mais consigo respirar neste ar mórbido, que cheira sangue e suor. por toda esta dor, sofrida por nós e nossos antepassados e talvez por nossos descendentes.

Corro para um lado e me encontro com um muro manchado de sangue, só que não é uma mancha disforme como a que cai de um corte no dedo. Mas nesta mancha forma a palavra "medo". Sim o maldito que nos corrompe e faz com que sacrifiquemos nosso próximos por mais alguns segundos de vida, por conforto e conformismo. Ahhh como somos vitimas de nós mesmos, e a sociedade é o monstro que nós mesmo criamos e jamais poderíamos destruir sem abdicar das facilidades do mundo.

Não sou comunista nem socialista.

Pulando mais longe podemos perceber o quanto mais alto pulam os gafanhotos que são alimentados com dinheiro, talões de cheques, cartões, almas, dor, desespero. Esta nuvem já se espalhou no ventre da humanidade e cada pessoa que é parida no mundo pode se encontrar a larva.

Como choro por ser impotente sozinho, sem ter irmãos que compartilhem de minha vontade...

Vivemos a vida com o que pudermos conseguir, mas não vamos nos esquecer que a sociedade pode ser a cafetinha que poderá contratar nossos filhos e netos



(Delírios num rascunho_ Anizio Batista da Silva 14/03/2010)